domingo, 18 de janeiro de 2009

Os primeiros acordes do U2

U2 - I Will Follow (Brooklyn Bridge)



Era uma vez um garoto. De olhar inocente e peito glabro. Naquele ano de 1980, ele olhava firme para quem segurasse a capa do álbum "Boy", o primeiro da larga trajetória da banda irlandesa U2. Ao escutarmos agora as 11 faixas que compõem o disco, é difícil imaginar que o eco daquelas canções de batidas secas e letras inocentes ia se fazer ouvir até os dias de hoje, através do som daquela que se tornou a mais poderosa banda de rock/ pop da atualidade. 

"Boy" está sendo relançado em edição luxuosa e com um disco de bônus junto com os dois trabalhos seguintes do grupo, "October" (1981) e "War" (1983). Até meados do ano, serão também reeditados todos os álbuns até "Pop" (1997). Aos registros originais, estão sendo acrescentadas versões ao vivo e outras gravações. Esse primeiro pacote serve de aperitivo aos fãs que esperam "No Line on the Horizon", o 12º disco do U2, previsto para março, no Reino Unido. 

As letras de "Boy" falam em geral de conflitos de adolescência. Apesar da forte influência punk, anuncia um namoro com o pop, por meio das melodiosas "Stories for Boys" e "A Day Without Me". Bono já estreia nn sem conseguir conter o ego, o que se percebe, por exemplo, pela letra de "The Ocean": "and I felt like a star, I felt the world could go far, if they listened to what I said" (me senti como uma estrela, senti que o mundo poderia ir longe, se eles tivessem ouvido o que eu disse). 

No ano seguinte à explosiva estréia, porém, a banda lançou um álbum confuso, que quase a afundou precocemente. "October" tratava, basicamente, da forte inquietação espiritual em que se encontravam nada menos que três de seus quatro membros. The Edge, Bono e Larry Mullen frequentavam nn discussões sobre religião e questionavam as relações possíveis entre esta e o rock. Daí nasceram belas canções, como "Gloria" e "Rejoice", destaques do CD. Por outro lado, deu-se uma cisão entre Bono e Edge, que deixaram o grupo temporariamente. 


"October" é uma espécie de viagem punk-esotérica, cujos exageros foram contidos nos álbuns seguintes, mas que começou a alimentar os desejos salvacionistas, cada vez mais intensos, de Bono. 

Dois anos depois, "War" (1983) veio fortalecer a identidade política do U2. O disco começa com a batida inconfundível de "Sunday Bloody Sunday", hit máximo do grupo. A letra fazia referência ao ataque a um grupo de irlandeses por parte do governo britânico em 1972, em Derry, na Irlanda do Norte. Mas esta não é a única faixa de protesto do disco. 

Também a invasão soviética ao Afeganistão e a linha conservadora adotada por Ronald Reagan nos EUA e Margaret Thatcher no Reino Unido davam o pano de fundo para o conjunto temático da obra. 

Guinadas 

A partir daí, o U2 daria duas grandes guinadas. Uma em 1987, com o álbum "The Joshua Tree", que reforçaria o projeto messiânico de Bono. Outra, em 1991, com "Achtung Baby", que direcionou a banda para o pop. 

Tantas revoluções fazem pensar que esses três álbuns dos anos 80 pudessem ter caducado. Porém, ouvi-los hoje causa efeito oposto. 

Parece que tudo o que o U2 é na atualidade já estava de algum modo ali, no olhar daquele garoto. Afinal, o tripé em que o conjunto ainda se apoia nn estava dado desde a primeira faixa de "Boy". A pegada cortante e violenta da bateria de Larry Mullen, a peculiar linha melódica da guitarra de The Edge, e o vocal arrogante e inconfundível de Bono. 

Acima de tudo, pode-se pressentir neles desde cedo a ambição de interferir nos rumos do mundo – elemento que segue fazendo com que a banda seja, ao mesmo tempo, tão amada e tão odiada.

Confira 

U2 - Edição especial
CDs "Boy", "October" e "War" 
Gravadora: Universal
Quanto: R$ 54,90, cada um

http://gazetaonline.globo.com/
Sylvia Colombo 
SÃO PAULO

Elton John aos 61 anos ainda é um dos maiores astros do pop

Cantor inglês se apresenta em São Paulo (17) e no Rio de Janeiro (19).
John tem 40 anos de carreira e 250 milhões de discos vendidos.

Ele já vendeu 250 milhões de discos no mundo todo, é autor do single em CD mais vendido da história, dividiu o palco com John Lennon na última aparição ao vivo do ex-Beatle e, aos 61 anos, vem ao Brasil pela segunda vez em mais uma de suas megaturnês. Depois de um show fechado para patrocinadores nesta quinta (15), o ídolo britânico canta em São Paulo neste sábado, no Anhembi, e na segunda, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro.

 

A TV Globo transmitirá, ao vivo, a apresentação de São Paulo neste sábado. Ainda há ingressos de pista disponíveis para os dois shows.

 

 


Reconhecido mundialmente pelos figurinos espalhafatosos e por uma coleção de óculos interminável usados nos anos 70, Sir Elton John (o título de nobreza foi concedido pela Rainha da Inglaterra em 1997) revelou recentemente em entrevista ao "Fantástico" que passa por um de seus melhores momentos na carreira e na vida pessoal.

 

"Hoje estou mais tranquilo, não tenho mais preocupações. O fato de estar vivo, tocando, cantando, depois de tantos problemas, já é um lucro. Tenho 61 anos, estou compondo e criando coisas novas. Fiquei muito mais caseiro, minha vida está muito mais equilibrada do que antes", revelou o músico inglês, que já esteve no Brasil em 1995 e há anos dedica parte de seu tempo e dinheiro a causas sociais de combate a AIDS e ao câncer. 

 

Carreira

 

O pontapé inicial na carreira solo de Elton John foi dado em 1969, com o álbum de estreia "Empty sky". Até então, ele havia liderado uma banda chamada Bluesology e trabalhado com seu maior parceiro de composições, o letrista Bernie Taupin, como compositores para os artistas da gravadora DJM. 

"Empty sky" não teve muito sucesso na Inglaterra, e o disco seguinte, "Elton John", parecia fadado a seguir o mesmo caminho até cair nas mãos do empresário Russ Regan, do outro lado do Atlântico. Diretor da Uni Records, que havia acabado de adquirir os direitos de John nos EUA, Regan se encarregou de promover agressivamente o então desconhecido cantor no país. 

 

 

 

Ampliar FotoFoto: MySpace

Elton John em apresentação nos anos 70. (Foto: Divulgação/ MySpace do artista)

E o início do sucesso de John não poderia ser menos chamativo: para seu primeiro show promocional nos EUA, em 1970, Regan mandou um ônibus de dois andares vermelho buscar a banda e John no aeroporto, com um aviso escrito "Elton John chegou". "Nós estávamos morrendo de vergonha", disse John um ano depois, em entrevista à "Rolling Stone", mesma publicação à qual, em 1976, assumiria sua bissexualidade (foi um dos primeiros popstars a fazê-lo abertamente).

 

Dois dias depois daquele show nos EUA, uma resenha no jornal "Los Angeles Times" declarava: "O rock tem uma nova estrela" - e pelos anos seguintes, essa estrela seria Elton John. 

O período entre 1970 e 1976 foi o momento mais fértil na carreira do cantor - foram dez álbuns em sete anos. Todos os álbuns de John entre "Honky château", de 1972 e "Rock of the Westies", de 1975 chegaram ao primeiro lugar nas paradas dos EUA. Para suas turnês, contava com um transporte especial: um avião particular, o Boeing 707 The Starship. 

 

Boa parte dos hits da carreira do cantor vêm dessa época, incluindo "Rocket man", "Crocodile rock", "Bennie and the jets" e "Don't let the sun go down on me".  

 

 

Viagem ao fundo do poço

 

Os anos 80 viram Elton John consolidar sua fama e, ao mesmo tempo, afundar no vício em cocaína. John conta que ficava trancado em seu quarto, acompanhado apenas da droga. “Uma vez [o ex-Beatle] George Harrison foi até a minha casa, tentar me ajudar, e saiu de lá me xingando”, contou John à “Mojo”, em entrevista publicada em 2006. 

É dessa época o disco que John considera o pior de sua carreira, “Leather jackets”, de 1986. O vício se estendeu até a década de 1990, mas John finalmente livrou-se dos problemas com drogas. Durante os anos 90, passou a dedicar-se a novos projetos. Com a trilha sonora do desenho “O rei leão”, da Disney, faturou um Oscar de melhor música, enquanto o musical baseado na ópera “Aída”, de Giuseppe Verdi lhe rendeu um Tommy. 

A década também viu o luto de John ser reproduzido em escala mundial quando “Candle in the wind",homenagem à princesa Diana, morta em um acidente de carro, tornou-se um dos singles mais vendidos do mundo em 1997, perdendo apenas para “White Christmas”, de Bing Crosby. 

Com um elogiado 29º disco (“The capitain & the kid”, de 2006, continuação autobiográfica de “Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy”, de 1975), Elton John chegou aos 60 anos com tranquilidade – incluindo a união civil com seu namorado David Furnish, em 2005.

 

E é com a mesma tranquilidade de quem é quase unanimidade na música pop, que Elton John deve subir ao palco em São Paulo e no Rio e começar, mais uma vez nesses quase quarenta anos, a cantar seu primeiro hit, “Your song”.

 

Elton John no Brasil

 

São Paulo 

Quando: 17 de janeiro 
Onde: Arena Skol Anhembi 
Quanto: Pista Premium - Esgotados / Pista - R$ 250 e R$ 125 (meia/estudante) 

Venda de ingressos: No site www.ingresso.com.br e nas bilheterias do Estádio do Pacaembu, entre 9h e 18h (nos dias de jogo, a bilheteria não funciona). Nas bilheterias, o pagamento só pode ser feito em dinheiro e há limite de quatro ingressos por pessoa.


Vídeo: ELTON JOHN NO SHOW DE SÃO PAULO, ARENA ANHEMBI 17/01/2009


 

Rio de Janeiro 

Quando: 19 de janeiro 
Onde: Praça da Apoteose 
Quanto: Pista Premium - Esgotados / Pista - R$ 250 e R$ 125 (meia/estudante) 
Venda de ingressos: No site www.ingresso.com.br e nas bilheterias do Flamengo, entre 10h e 19h. Nas bilheterias, o pagamento só pode ser feito em dinheiro e há limite de quatro ingressos por pessoa. 


Ouça uma seleção com músicas de Elton John na GloboRadio


Fonte: G1

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Todos os sabores de Alanis Morissette

Alanis Morissette - Ironic



Apesar de contar apenas 34 anos, Alanis Morissette é uma veterana em diversos aspectos: no showbiz, já que, entre televisão, música e cinema, está no ramo desde os 12, quando fez parte do elenco do programa infantil de TV "You Can’t do That on Television"; no seleto universo dos grande vendedores de discos, já que, logo na estréia internacional, com "Jagged Little Pill", de 1995, 30 milhões de pessoas ao redor do mundo se identificaram com o rock confessional da cantora e compraram seu CD; Alanis também é uma antiga frequentadora do Brasil, país que a recebe desde 1996, exatamente na turnê mundial que ajudou o disco a ser um sucesso tão estrondoso. 

"Estive aí pela última vez em 2002 ou 2003, não foi?", pergunta, por telefone, de sua casa em Los Angeles. "Foi em 2003? Até participei de uma novela (‘Celebridade’), não foi? Foi divertido." 

Agenda 
Alanis volta ao Brasil este mês, para sua maior turnê pelo país até hoje, que começa dia 21, em Manaus, e passa por 11 cidades até 5 de fevereiro. O Rio a verá no dia 4, na Arena, em Jacarepaguá. Além do Brasil, ela faz um show em Buenos Aires e três no México. "Estava querendo muito voltar ao Brasil", diz ela. "Disse ao meu empresário e à empresa que marca meus shows que queria ir fundo na América Latina. Agora não posso reclamar, tenho que encarar."

Alanis diz que suas lembranças do Brasil são as melhores possíveis. "Não consigo me lembrar de um dia que passei aí em que o tempo não estivesse bonito, com sol", conta. "E as pessoas são muito bonitas, esteticamente, além de muito apaixonadas por música. Adorei passear e ver o povo. Quero ver se tiro dias de folga no Rio e em Manaus, para conhecer um pouco da floresta", observa. 

Alanis passou o ano de 2008 na estrada, promovendo seu disco mais recente, "Flavors of Entanglement" (WEA). O nome complicado do disco (em português, seria algo como "Sabores do envolvimento"; "entanglement", literalmente, significa "embaraço", no sentido de cabelos ou fios que se embaraçam, unem-se) é apenas mais um em uma carreira que traz títulos como "Supposed Former Infatuation Junkie" e músicas cheias de palavras, muitas delas difíceis de se ver em letras de rock. "Meus pais são, os dois, professores", conta Alanis, rindo. "Meu pai, principalmente, sempre me cobrou muito que conhecesse as palavras e soubesse escrevê-las direito. Sou fascinada pelo idioma inglês. As pessoas que viajam comigo estão felizes da vida porque comprei um daqueles e-books em que cabem cem ou 200 livros, e não vou mais viajar com 50 deles na bagagem em cada turnê." 

Angústia 
Além do vocabulário, as músicas da cantora canadense são marcadas pela angústia, às vezes pela melancolia, o que não se esperaria de uma mulher sempre sorridente e bem-humorada como Alanis. "São duas faces minhas", define ela. "Na hora de compor, não sou a piadista que sou no meu cotidiano. Acho que não saberia compor músicas bem-humoradas que não fossem bobas. Acabo usando os sentimentos que me incomodam, às vezes contando casos da minha própria vida pessoal." 

Toda essa carga emocional quase a fez desistir da carreira bem no auge: depois de cerca de dois anos na estrada, nos anos 1990, Alanis foi para a Índia, onde aprendeu a relaxar. "Já estive lá três vezes, estou bem mais zen", brinca ela. "Sempre fui muito tensa, desde adolescente, quando tinha que fazer sucesso, não podia engordar (o que rendeu a ela problemas como a bulimia), vivia pressionada. Hoje faço as coisas no meu tempo", revela. 

E a Índia também a influencia musicalmente. A presença dos sons do Oriente é clara em algumas canções do disco, como "Citizen of the Planet". "Gosto muito das escalas musicais usadas na música de lá", explica ela. "Fico mais à vontade compondo com aqueles acordes, como os diminutos, que não são típicos do rock."

Com tantas "complicações", "Jagged Little Pill" – com os sucessos "You Oughta Know", "Ironic" e "You Learn" – ainda é o disco de estreia mais vendido da História. "Isso é maravilhoso", diz Alanis. "Acho que tudo deu certo, que as pessoas entenderam um disco com letras tão pessoais, que expunham a alma de uma jovem, e possivelmente enxergaram seus próprios dramas naquelas canções." 

Tecnicamente, "Jagged..." não é o primeiro disco de Alanis: no posto de estrela pop-adolescente de seu Canadá natal, ela lançou "Alanis", em 1991, e "Now is the Time", no ano seguinte, apenas naquele país. "Adoro aqueles discos", garante. "São como fotografias, mostrando quem era eu aos 16, 17 anos. Quando lancei ‘Jagged...’, queriam reeditar os dois juntos. Não aceitei. Mas, hoje, tantos anos depois, seria legal. Ainda canto algumas daquelas músicas em shows no Canadá, onde elas são mais ou menos conhecidas. Mas o pessoal daí do Brasil não corre o risco de ouvi-las. Acho que sei quais são as favoritas dos meus amigos brasileiros."

Confira 
Alanis Morissette 
Show no Rio de Janeiro
Quando onde: 4 de fevereiro, na Arena (Avenida Embaixador Abelardo Bueno 3.401, Barra da Tijuca).
Abertura dos portões: 19h
Início do show: 22h
Ingressos: Camarote, R$ 300: Pista VIP, R$ 300; Pista Comum, R$ 220; Nível 1, R$ 180. À venda no www.livepass.com.br com a cobrança de 15% de taxa de conveniência.
Censura: 16 anos
Informações: (21) 4003-1527

Bernardo Araujo (A Gazeta)

Tina Turner abre sua turnê européia

Tina Turner Proud Mary Live 2008



Tina Turner, 69 anos, abriu a sua turnê européia com show no estádio Lanxess, em Cologne, na Alemanha, na noite desta quarta-feira. Os três meses na estrada fizeram muito bem e melhoraram a forma da cantora. Tina exibiu pernas torneadas e muita disposição. Tina começou a turnê "Tina! 50th Anniversary Tour" nos Estados Unidos em outubro, o que marcou seu retorno aos palcos em oito anos. Ela se apresenta novamente no Lanxess Arena no domingo e na segunda. Depois, a cantora leva seu show para a Bélgica e termina a turnê européia em abril, com uma apresentação na cidade de Dublin, na Irlanda.

Fonte: A Gazeta

Ex-Beatle: Paul McCartney quer tocar com Ringo

The Beatles - Free as a Bird (1977/1995)



Durante uma entrevista no talk show "The View", na TV americana, o ex-Beatle Paul McCartney disse que "adoraria" se reunir com Ringo Starr, o único outro membro dos Beatles ainda vivo. McCartney e Starr não tocam juntos desde a década de 1990, quando gravaram novas partes para a inédita "Free as a Bird", música inacabada de John Lennon, lançada no projeto "Anthology" (1994). O músico disse que a reunião não aconteceu pela agenda apertada de ambos. "Trabalhamos juntos quando conseguimos, mas nem sempre temos tempo", explicou.

Fonte: A Gazeta

domingo, 4 de janeiro de 2009

Jane Duboc canta o mestre

Vídeo: jane duboc - sonhos - tema da novela fera radical


Um dos sonhos musicais da cantora Jane Duboc era o de gravar um disco inteiro em homenagem ao amigo Egberto Gismonti, um dos nomes mais cultuados da alta linha da música popular brasileira. No recém-lançado "Canção da Espera – Jane Duboc Canta Egberto Gismonti" (Biscoito fino), a intérprete selecionou 12 músicas do repertório do compositor carioca, como "Quatro Cantos" e "Água e Vinho", em um dos projetos que recolocam Egberto no mercado de discos, já que estão sendo preparados um álbum dele em parceria com Olivia Byington e um songbook produzido pela cantora britânica Norma Winstone.

Apesar da turnê deste disco só se iniciar em março deste ano, Jane vem colhendo a satisfação pessoal em, finalmente, realizar um dos seus maiores desejos. "É o CD que eu sempre quis fazer. Um dia (a empresária) Lília Klabin me perguntou o que eu queria ter feito e não fiz. E era isso. Quando me foi dado um sinal aberto para o projeto, reuni os amigos pra fazer os arranjos. Sonho com isso desde 1971", comenta Jane, que conviveu de perto com o instrumentista. "Viajava de trem com ele. Conheci a família inteira. Além do carinho, eu aprecio de perto todo o processo de criação do Egberto. Assim, você enxerga um outro lado. Ele tem uma energia e uma dimensão diferentes, principalmente pela maneira como trata o erudito e o popular", explica a cantora a respeito do autor que estreou em disco em 1969, quando lançou um álbum com seu próprio nome. 

Com mais de 30 trabalhos lançados, Egberto enveredou sua carreira no experimentalismo sonoro, o que Jane preferiu deixar de lado na hora de interpretar as canções do amigo. "Eu gravei tudo em um mês. As músicas e os arranjos estavam frescos na minha cabeça. Para gravar, o Egberto me mandou cerca de 60 canções. Elas, naturalmente, foram fazendo um roteiro em termos de letras. É interessante como as músicas mandam na gente. Mas eu já tinha certeza que gravaria ‘Água e Vinho’, ‘Janela de Ouro’, ‘Canto da Espera’ e várias outras que eu já havia gravado com ele ", afirma. "O engraçado é que outro dia recebi um e-mail de um fã de Vitória, dizendo: ‘eu não sabia que CD tinha vida’. Isso me emocionou muito", revela Jane, que também está finalizando um CD em homenagem a Ella Fitzgerald, feito em parceria com Victor Biglione.

Estúdio 
Apesar de prestar homenagem a Egberto, Jane preferiu não contar com a participação do mesmo na gravação do álbum. "Ele não participou ativamente do disco. A gente até pensou em fazer um trabalho em duo. Mas como ele é muito forte e uma presença impressionante, o projeto ia ficar com a cara dele. Assim, desse jeito como está, eu coloquei o meu dedo. Ficou uma outra leitura. Para trabalhar com ele, você tem que estar com tudo debaixo do dedo. Tem que estudar muito. Eu toquei violão e piano com o Egberto na década de 70. Eu estudava, estudava... não podia errar. Ele é perfeccionista. Por isso que ele chegou onde chegou", comenta a cantora, nascida em Belém, Estado que criou um prêmio de esporte em homenagem a ela, por conta de sua carreira no tênis de mesa. "Fui campeã paraense de tênis de mesa. O esporte me ensinou a aprender a ganhar, a perder, a dividir, a ter treinamento, a administrar o ego, a ter disciplina, a cuidar da saúde".

Jane Duboc nasceu em 1950 na Ilha do Mosqueiro, ambiente que serviu de locação para a bucólica sessão de fotos do encarte de seu novo disco. Aos 17 anos, após ganhar uma bolsa de estudos, foi estudar nos Estados Unidos, onde atuou como cantora, instrumentista e professora. De volta ao Brasil em 1977, gravou dois discos, tendo participado de especiais da TV Globo. O primeiro disco solo, "Languidez", só foi lançado em 1980, tendo participações de Toninho Horta, Djavan e Sivuca. A partir de então, ela participou de gravações de mais de 100 discos.

Ouça 
Jane Duboc 
CD "Canção da Espera" 
Biscoito Fino 12 faixas
Quanto: R$ 25

Fonte: A Gazeta - Vitor Lopes 


sábado, 3 de janeiro de 2009

Talk Talk - It's My Life - Vídeo e Letra traduzida



Talk Talk Lyrics
" It's My Life (tradução) "


Engraçado como eu me encontrei
Apaixonado por você
Se eu pudesse comprar minha explicação
Eu pagaria para perder
Uma metade não fará

Eu tenho me perguntado o quanto você
Confia em si mesmo

Essa é minha vida
Não se esqueça
Essa é minha vida
que nunca acaba

Engraçado como eu me ceguei
Eu nunca soube
Se às vezes estava jogando
por medo de perder

Eu entenderia o que de bom faz você
Em me convencer

Essa é minha vida
Não se esqueça
Essa é minha vida
que nunca acaba

Eu me perguntaria o quanto você
Confia em si mesmo

Essa é minha vida
Não se esqueça
Pego na multidão
que nunca acaba

"Don't You Want Me" by Human League - Vídeo e Letra tradizida

"Don't You Want Me" by Human League


Você estava trabalhando como garçonete num barzinho
Quando te encontrei, eu te tirei disso

Te joguei pra cima, e te transformei
Te transformei em uma nova pessoa
Agora cinco anos mais tarde
Você tem o mundo a seus pés
O sucesso tem sido tão fácil para você
Mas se esqueça que fui eu quem te colocou
Onde você está agora
E posso te colocar para baixo de novo

Refrão:
Não, você não me quer?
Você sabe que não consigo acreditar
Quando ouço que você não irá me ver
Não, você não me quer?
Você sabe que não acredito em você
Quando você diz que não precisa de mim
É tarde demais para descobrir
Você acha que mudou de opinião
Seria melhor mudá-la de volta
Ou ambos ficaremos magoados

Você não me quer garota?
Você não me quer oh
Você não me quer garota?
Você não me quer oh

Eu estava trabalhando como uma garçonete
num barzinho
Até aí é verdade
Mas mesmo assim eu sabia
Que encontraria um lugar muito melhor
Com ou sem você
Os cinco anos que passamos juntos
Foram momentos tão maravilhosos
Eu ainda te amo
Mas agora eu acho que é hora
De viver minha própria vida sozinha,
Acho que é exatamente o que devo fazer

(refrão)
Você não me quer garota?
Você não me quer oh
Você não me quer garota?
Você não me quer oh

(repete quatro vezes e desvanece)