Vídeo: Black Rain
Ozzy Osbourne garante: sua única dependência é a do rock
De "A Gazeta"
O inglês John Michael Osbourne, o nativo de Birmingham que ficou conhecido como Ozzy Osbourne, completará 60 anos no dia 3 de dezembro deste ano. Uma vida de excessos: ele declarou, nos anos 1980, que tentou várias vezes o suicídio e que ele e o baterista Bill Ward, quando estavam no grupo Black Sabbath, tomaram ácido diariamente durante dois anos. Cansou de ser declarado persona non grata mundo afora. Em 1982, foi expulso de San Antonio, Texas, após ter urinado no Álamo, um símbolo local. Em 1990, o cardeal nova-iorquino John O’Connor destinou a Ozzy um violento sermão antirock. Foi considerado psicopata e satanista e assumiu uma gama diversificada de apelidos, como "Príncipe das Trevas".
Mas, hoje em dia, Ozzy é uma flor de pessoa e chegou a ser convidado, em 2002, por George W. Bush, para ir à Casa Branca conversar sobre sua militância em defesa dos animais domésticos – curioso destino de quem um dia foi acusado de decepar a cabeça de um morcego com os dentes, em pleno palco. Faz caridade em época de Natal e já estrelou comercial de refrigerante.
A estrada de excessos de Ozzy lhe deu uma assombrosa notoriedade. Isso se intensificou nos anos em que ele e sua família estrelaram o reality show "The Osbournes", na MTV. Na semana passada, seus fãs fizeram fila na chuva para comprar ingressos para seu show em São Paulo.
Ele chega ao país nesta semana para concerto na quinta-feira, no Rio de Janeiro (Rio Arena) e no sábado, em São Paulo (Estádio do Palmeiras), com abertura das bandas Black Label Society (liderada pelo fiel escudeiro de Ozzy, o guitarrista Zakk Wylde) e Korn.
Drogas
Por e-mail, Ozzy deu entrevista. "Estou completamente recuperado de todos os meus vícios. Minha única dependência é o rock", disse o músico, falando sobre algumas referências às drogas que ainda aparecem na sua música atualmente – a canção "Silver" fala de uma anfetamina, a chamada "chrystal meth", mas Ozzy diz que não tem nada a ver. "Eu nunca discuto as letras de minhas canções. Cada um tem uma interpretação diferente", afirmou.
Zombeteiro, Ozzy tirou um sarro do repórter que lhe perguntou se era verdade o que sua mulher, Sharon Osbourne, contou à imprensa sobre um suposto sonambulismo do roqueiro, que teria o costume de andar pelado à noite nos corredores dos hotéis em que se hospeda. Sharon cogitou a hipótese de colocar um sino em Ozzy para que ele não pagasse mico na madrugada. "Fique atento, preste atenção ao som de um sininho se aproximando!", brincou Ozzy.
A canção-título de seu novo disco, "Black Rain", começa com uma gaita, algo que parece evocar os dias de Ozzy no lendário grupo Black Sabbath, que ele formou nos anos 60 com o guitarrista Tony Iommi, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward. Será um sinal de que o velho Ozzy anda sentindo falta do antigo grupo? "Sim e não. Tenho muito orgulho de meus anos com o Black Sabbath. Eu tenho caminhado à minha própria custa nos últimos 27 anos. A única coisa que posso dizer com honestidade é que somos todos amigos de novo. Isso faz com que eu me sinta realmente muito bem", afirmou. Ozzy foi demitido pela banda em 1978, após lançarem o disco "Never Say Die", e reiniciou a carreira pelas mãos da atual mulher e empresária, Sharon, que o levou a montar um novo grupo, "Blizzard of Ozz".
Sobre os rumores sempre freqüentes de que esta seria sua última turnê, Ozzy foi curto e grosso: "Ponha para tocar o meu disco ‘Black Rain’ e ouça a letra de ‘I Don’t Want to Stop‘. Isso responderá à sua questão." A letra diz o seguinte: "Toda minha vida estive no topo/ Eu não quero descer/ tudo que eu sei é que não quero parar."
Ele rebateu as críticas ao seu disco mais recente, "Black Rain", nome da turnê que o traz ao Brasil. Os críticos vêem um som mais industrializado e cheio de solos de teclados, em vez de solos de guitarra. "Você não tem de ter um solo de guitarra em cada canção. Neste disco eu estava fazendo uma experiência. Adoro o resultado final e tudo que quero é que vocês também gostem."
"Black Rain" tem só duas canções que ele não escreveu em parceria com seu mais freqüente companheiro, o guitarrista Zakk Wylde: a longuíssima "God Bless the Almighty Dollar" e "Trap Door". "É imperativo para mim escrever sobre as coisas que me afetam de algum modo. Não posso escrever sobre conversa mole", disparou o soberano do metal.
Ele demonstrou otimismo com o novo projeto dos irmãos Cavalera, ex-Sepultura, que acabam de lançar o disco "Inflikted" com uma nova banda, Cavalera Conspiracy. "Não ouvi ainda o novo projeto, mas tenho certeza de que é bom", disse.
Músico faz show no país pela terceira vez
Ozzy Osbourne esteve no Brasil pela primeira vez para o Rock in Rio, em 1985, ao lado de Queen, Iron Maiden, Whitesnake, Yes e AC/DC. Voltou para o "Monsters of Rock", em 1995, numa jornada que teve ainda o Megadeth, Alice Cooper, Faith no More e Rata Blanca. Na ocasião, no Pacaembu, 45 mil pessoas viram os concertos. Em 2002, Ozzy deu uma parada em suas atividades musicais para se concentrar no tratamento de sua mulher, Sharon, que foi diagnosticada com câncer no colo do útero. Declarou-se perdidamente apaixonado pela mulher e chegou a passar mal ao assistir às sessões de quimioterapia. Mas Sharon sarou, e Ozzy voltou à estrada. Em 2003, um baque: seu empresário de turnês, Bobby Thomson, foi encontrado morto num quarto de hotel.
Jotabê Medeiros
São Paulo
Ozzy Osbourne garante: sua única dependência é a do rock
De "A Gazeta"
O inglês John Michael Osbourne, o nativo de Birmingham que ficou conhecido como Ozzy Osbourne, completará 60 anos no dia 3 de dezembro deste ano. Uma vida de excessos: ele declarou, nos anos 1980, que tentou várias vezes o suicídio e que ele e o baterista Bill Ward, quando estavam no grupo Black Sabbath, tomaram ácido diariamente durante dois anos. Cansou de ser declarado persona non grata mundo afora. Em 1982, foi expulso de San Antonio, Texas, após ter urinado no Álamo, um símbolo local. Em 1990, o cardeal nova-iorquino John O’Connor destinou a Ozzy um violento sermão antirock. Foi considerado psicopata e satanista e assumiu uma gama diversificada de apelidos, como "Príncipe das Trevas".
Mas, hoje em dia, Ozzy é uma flor de pessoa e chegou a ser convidado, em 2002, por George W. Bush, para ir à Casa Branca conversar sobre sua militância em defesa dos animais domésticos – curioso destino de quem um dia foi acusado de decepar a cabeça de um morcego com os dentes, em pleno palco. Faz caridade em época de Natal e já estrelou comercial de refrigerante.
A estrada de excessos de Ozzy lhe deu uma assombrosa notoriedade. Isso se intensificou nos anos em que ele e sua família estrelaram o reality show "The Osbournes", na MTV. Na semana passada, seus fãs fizeram fila na chuva para comprar ingressos para seu show em São Paulo.
Ele chega ao país nesta semana para concerto na quinta-feira, no Rio de Janeiro (Rio Arena) e no sábado, em São Paulo (Estádio do Palmeiras), com abertura das bandas Black Label Society (liderada pelo fiel escudeiro de Ozzy, o guitarrista Zakk Wylde) e Korn.
Drogas
Por e-mail, Ozzy deu entrevista. "Estou completamente recuperado de todos os meus vícios. Minha única dependência é o rock", disse o músico, falando sobre algumas referências às drogas que ainda aparecem na sua música atualmente – a canção "Silver" fala de uma anfetamina, a chamada "chrystal meth", mas Ozzy diz que não tem nada a ver. "Eu nunca discuto as letras de minhas canções. Cada um tem uma interpretação diferente", afirmou.
Zombeteiro, Ozzy tirou um sarro do repórter que lhe perguntou se era verdade o que sua mulher, Sharon Osbourne, contou à imprensa sobre um suposto sonambulismo do roqueiro, que teria o costume de andar pelado à noite nos corredores dos hotéis em que se hospeda. Sharon cogitou a hipótese de colocar um sino em Ozzy para que ele não pagasse mico na madrugada. "Fique atento, preste atenção ao som de um sininho se aproximando!", brincou Ozzy.
A canção-título de seu novo disco, "Black Rain", começa com uma gaita, algo que parece evocar os dias de Ozzy no lendário grupo Black Sabbath, que ele formou nos anos 60 com o guitarrista Tony Iommi, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward. Será um sinal de que o velho Ozzy anda sentindo falta do antigo grupo? "Sim e não. Tenho muito orgulho de meus anos com o Black Sabbath. Eu tenho caminhado à minha própria custa nos últimos 27 anos. A única coisa que posso dizer com honestidade é que somos todos amigos de novo. Isso faz com que eu me sinta realmente muito bem", afirmou. Ozzy foi demitido pela banda em 1978, após lançarem o disco "Never Say Die", e reiniciou a carreira pelas mãos da atual mulher e empresária, Sharon, que o levou a montar um novo grupo, "Blizzard of Ozz".
Sobre os rumores sempre freqüentes de que esta seria sua última turnê, Ozzy foi curto e grosso: "Ponha para tocar o meu disco ‘Black Rain’ e ouça a letra de ‘I Don’t Want to Stop‘. Isso responderá à sua questão." A letra diz o seguinte: "Toda minha vida estive no topo/ Eu não quero descer/ tudo que eu sei é que não quero parar."
Ele rebateu as críticas ao seu disco mais recente, "Black Rain", nome da turnê que o traz ao Brasil. Os críticos vêem um som mais industrializado e cheio de solos de teclados, em vez de solos de guitarra. "Você não tem de ter um solo de guitarra em cada canção. Neste disco eu estava fazendo uma experiência. Adoro o resultado final e tudo que quero é que vocês também gostem."
"Black Rain" tem só duas canções que ele não escreveu em parceria com seu mais freqüente companheiro, o guitarrista Zakk Wylde: a longuíssima "God Bless the Almighty Dollar" e "Trap Door". "É imperativo para mim escrever sobre as coisas que me afetam de algum modo. Não posso escrever sobre conversa mole", disparou o soberano do metal.
Ele demonstrou otimismo com o novo projeto dos irmãos Cavalera, ex-Sepultura, que acabam de lançar o disco "Inflikted" com uma nova banda, Cavalera Conspiracy. "Não ouvi ainda o novo projeto, mas tenho certeza de que é bom", disse.
Músico faz show no país pela terceira vez
Ozzy Osbourne esteve no Brasil pela primeira vez para o Rock in Rio, em 1985, ao lado de Queen, Iron Maiden, Whitesnake, Yes e AC/DC. Voltou para o "Monsters of Rock", em 1995, numa jornada que teve ainda o Megadeth, Alice Cooper, Faith no More e Rata Blanca. Na ocasião, no Pacaembu, 45 mil pessoas viram os concertos. Em 2002, Ozzy deu uma parada em suas atividades musicais para se concentrar no tratamento de sua mulher, Sharon, que foi diagnosticada com câncer no colo do útero. Declarou-se perdidamente apaixonado pela mulher e chegou a passar mal ao assistir às sessões de quimioterapia. Mas Sharon sarou, e Ozzy voltou à estrada. Em 2003, um baque: seu empresário de turnês, Bobby Thomson, foi encontrado morto num quarto de hotel.
Jotabê Medeiros
São Paulo
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