sábado, 16 de fevereiro de 2008

O rock poético e sombrio do My Chemical Romance no Brasil

Vídeo: I Don't Love You - My Chemical Romance


Primeiro show do My Chemical Romance no Brasil

Cariocas curtem primeiro show do My Chemical Romance no Brasil
Banda norte-americana cantou seus sucessos em uma hora e meia de show.

Grade que separa o público do palco desaba e show é interrompido por 20 minutos.

Embalado por um rock poético e sombrio, o quinteto norte-americano do My Chemical Romance se apresentou na noite desta sexta-feira (15) no palco do Vivo Rio, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. Logo na segunda canção, "Dead!", a grade que separa o público do palco não agüentou e cedeu.

O contratempo interrompeu o show por 20 minutos e, apesar do susto, ninguém ficou gravemente ferido. Depois do incidente, a banda, que é apaixonada por filosofia, punk e filmes de terror apresentou seus sucessos.

Os mais de dois mil fãs que compareceram à casa de espetáculo curtiram um repertório que incluiu músicas do novo e terceiro CD, "The Black Parade”, considerado o álbum mais sombrio feito pelo grupo.

Na primeira canção, “This is how I disappear”, o vocalista Gerard Way, os guitarristas Ray Toro e Frank Iero, o baixista Mikey Way e o baterista Bob Bryar mostraram o som pesado que prevaleceu durante todo o show.

Já os penteados diferentes, o semblante choroso e os olhos pintados dos fãs, na maioria adolescente, reafirmaram o apelo “rock emo”. No entanto, a banda e parte de seus seguidores rejeitam esse rótulo, apesar de terem sido identificados por muito tempo, tanto pelo visual maquiado quanto pelo som.

Para a jovem Fernanda Amadio, de 14 anos, o quinteto possui características que não se comparam ao estilo emo. “Sou fã e sou roqueira. Não tenho nada contra os emos, mas o nosso estilo não é esse. As letras do My Chemical Romance são agressivas demais para uma banda emo. Eles são diferentes e é por isso que são bons”, declarou a fã.

Nos corredores e longe do alto som, Janaína olhava a movimentação e elogiou o show. Segundo ela, a apresentação da banda no Rio “é um presente para os jovens que começam a usufruir o lado fã da vida”.


Vítimas da grade
A estudante Juliana Barreto, de 16 anos, contou que teve o pé direito atingido por uma das grades que desabaram. “Eu estava na frente e muito bem. De repente eu senti aquela força das pessoas empurrando e vi que a cerca não estava agüentando. No final da música ela cedeu e caiu sobre o meu pé”, disse a jovem, que sofreu uma leve lesão.

De acordo com os organizadores, esse é um tipo de acidente considerado ‘normal’ durante um show de rock e com público adolescente. Após o pedido do vocalista Gerard Way para que todos recuassem, a grade foi reforçada e o show pôde seguir para delírios dos fãs.


“É uma grande experiência tocar na cidade mais maravilhosa do mundo. Obrigado por todos estarem aqui”, disse.

O final do show reservou surpresas, as luzes se apagaram e o clima pesado deu lugar ao romantismo. O quinteto apresentou “Cancer” e logo em seguida fez o público se emocionar com “Desert song”, acompanhada por um piano.

Para fechar a noite com chave de ouro, o grupo tocou “Last famous words”, para alegria de muitos fãs que vieram de longe só para o evento.

“Eu vou ficar sem minha festa de 15 anos, mas eu tive algo melhor. Por essa banda eu sou capaz de tudo. Eu tinha que vir no primeiro show deles no Brasil e tenho certeza de que isso eu vou levar para a minha vida inteira”, contou a mineira Ligia Lopes, de 14 anos.

O quinteto segue para Curitiba, onde fará um show no dia 17 de fevereiro, no Hellooch. Nos dias 18 e 19 de fevereiro será a vez de São Paulo receber a banda na Via Funchal. [Fonte: G1]

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