segunda-feira, 17 de março de 2008

Björk - Declare Independence

Vídeo: Björk - Declare Independence


Música: Bjork lança apelo para a independência tibetana num concerto em Xangai

A cantora islandesa Bjork provocou as críticas dos seus fãs chineses depois de gritar "Tibete! Tibete!" no final apoteótico da sua canção intervencionista "Declare Independence", num concerto em Xangai, segundo comentários hoje publicados em várias páginas chinesas na Internet.

domingo à noite, em Xangai, o centro económico e financeiro da China, acabou por atrair pouca atenção pública na China, onde são aplicadas regras duras aos activistas a favor da independência da região autónoma chinesa do Tibete.

A manifestação de Bjork não foi notícia na imprensa estatal chinesa, mas os comentários de fãs contra a atitude da cantora começaram a surgir em vários sites chineses depois de se ter espalhado a informação acerca do que aconteceu.

"Se realmente ela fez isto, então esta mulher faz realmente com que as pessoas tenham vontade de vomitar", escreveu um cibernauta no portal Sina.com, um dos mais populares na China.

Algumas das pessoas que assistiram ao concerto em Xangai afirmaram que o encerramento do concerto com forte tom político não gerou insultos à cantora mas deixou o público pouco à vontade, segundo informações nos fóruns do mesmo site.

Os funcionários da empresa chinesa que promoveu o concerto, a Emma Ticketmaster, ainda não comentaram o sucedido.

Não é a primeira vez que Bjork usa a música "Declare Independence" (Declara a Independência), cuja letra inclui palavras como "Raise your flag! (Ergue a Tua Bandeira), para manifestar apoio político a várias causas. A cantora dedicou a mesma canção ao Kosovo num concerto que deu no mês passado, no Japão.

No vídeo de "Declare Independence" Bjork aparece a agitar as bandeiras da Gronelândia e das Ilhas Faroé, controladas pela Dinamarca.

A China governa o Tibete desde 1951, após o exército chinês ter entrado no território para esmagar uma revolução. O controlo chinês é alvo frequente de condenação por parte de organizações não-governamentais e activistas que não reconhecem o domínio chinês.


VZP.

LUSA - Agência de Notícias de Portugal.

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