segunda-feira, 14 de maio de 2012

Michel Teló tem show mais caro do país; veja ranking


A "Folha de São Paulo (F5)" fez um levantamento do preço dos shows dos artistas mais populares do país na atualidade. A reportagem descobriu quanto vale o show de 20 artistas, grupos e duplas nacionais. Fazendo-se de contratante, a reportagem pesquisou preços para shows simples: com venda de ingressos ao público. Isso porque shows fechados, para empresas ou particulares, custam muito mais.

Segundo o levantamento, feito entre o final de janeiro e o início de abril, Michel Teló, Fernando & Sorocaba, Paula Fernandes, Luan Santanna, Gusttavo Lima e Thiaguinho, nessa ordem, estão entre os shows mais caros do país. Podem custar de R$ 300 mil a R$ 350 mil (para shows feitos no Estado de São Paulo). Há pelo menos seis meses Teló está praticamente sozinho em 1º lugar no ranking de preços, mas pode-se dizer que essa posição é temporária: há muito revezamento no topo no espaço de um ano ou dois.

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Zé Paulo Cardeal/Divulgação
Fernando, Luan Santana e Sorocaba se apresentam no "Altas Horas"


O valor dos shows obtido pela reportagem pode sofrer variações de acordo com um número "x" de circustâncias, como mostrou a apuração. Exemplo: se o artista tem São Paulo como base (e depósito de equipamentos), seus shows no Estado podem custar menos. Outro exemplo: se um artista vai se apresentar numa cidade a 150 km de São Paulo, em uma determinada data, e uma cidade vizinha 100 km adiante aproveita o "carreto" e contrata o artista também (para tocar dois dias depois), o custo cai. Provavelmente o valor pago pela segunda cidade seja menor que o da primeira. Se aparecer uma terceira cidade... e assim por diante.

Shows em outros Estados também só são feitos quando há um número crítico de "cidades" (ou empresários) contratantes, pois é oneroso (e perigoso) andar por aí com uma megacarreta carregada de instrumentos caríssimos e aparelhos tecnológicos e de iluminação de última geração.

No caso de gente que está por cima da "carne seca", como Gusttavo Lima, Luan Santana, Thiaguinho ou Victor & Leo etc, esses artistas podem cobrar o show na "tabela cheia", pois não faltam contratantes: empresários e empresas que investem dezenas de milhões de reais em entretenimento país adentro, uma indústria que movimenta hoje cerca de R$ 1,5 trilhão no mundo

A estimativa de contratantes de shows, ouvidos pela reportagem, é que existam de 350 a 400 prefeituras no país que investem razoavelmente em shows e entretenimento à população. Esse é o primeiro e mais importante mercado de contratação de artistas "da moda" no país, os mais caros. Em seguida há o mercado de shows em grandes empresas, mas não foi possível obter dados a respeito.

Os valores exibidos abaixo não representam o cachê líquido dos artistas(leia mais abaixo):
Editoria de Arte/Folhapress

Com esse dinheiro os artistas precisam bancar toda sua infra-estrutura e staff, como funcionários de escritório, advogados, músicos contratados, empresários, transporte de equipamento e toda mão-de-obra envolvida num show.

A estimativa é que os artistas acabam ficando com "apenas" 30% ou 40% do valor total de cada show. Quem paga a hospedagem e alimentação é o contratante, que também precisa, quase sempre, depositar 20% do valor total logo na assinatura do contrato, e o restante a combinar.

Não foram incluídos nesta lista os shows de "medalhões" como Roberto Carlos e Ivete Sangalo, pois também são artistas contratados da Globo, o que distorce sobremaneira seus valores.

Para ter uma ideia, porém, em dezembro último Sangalo fez um show fechado para uma empresa paulista da área financeira por R$ 400 mil. O show de RC é ainda mais complicado de mensurar, mas estima-se que custe sempre acima de R$ 1 milhão, já que é preciso contratar uma orquestra junto (a dele, claro).

O preço de um show é uma espécie de "equação" que inclui variáveis como: 1) se o artista está na moda e na mídia (Teló); 2) se emplacou um eventual sucesso na novela da Globo ou nas rádios do país (Paula Fernandes); 3) por seu tempo de carreira e estrada (Zezé e Luciano).

Alberto Martín - 2.mar.2012/Efe

Michel Teló

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